A quarta-feira, 31 de março, primeiro dia de vigência do decreto municipal que pretende restringir o funcionamento de atividades industriais, comerciais e de serviço e a circulação de pessoas em Assis, visando diminuir a velocidade da transmissão do coronavírus, foi marcado pelo flagrante desrespeito da população e muitos estabelecimentos comerciais.
Com número limitado de fiscais, o chefe da Vigilância Sanitária, João Francisco Bertogna, admitiu, em entrevista ao portal de notícias Assiscity, que pouco mais de 150 das 300 denúncias recebidas, somente no período da manhã, puderam ser checadas.
“Fiscalizamos mais de 150 estabelecimentos. Solicitamos o fechamento dos que não oferecem serviços essenciais e todos colaboraram, fechando suas portas”, garantiu.
Até a manhã desta quinta-feira, dia 1º de abril, o prefeito José Aparecido Fernandes, do PDT -que tem dedicado todo apoio à família no falecimento de seu sogro, Pedro Barreto da Silva-, não tinha divulgado nenhuma avaliação do primeiro dia da imposição de medidas mais restritivas visando evitar aglomerações.
Até a manhã desta quinta-feira, a Prefeitura de Assis ainda não tinha ivulgado números que permitissem avaliar a dimensão do distanciamento social no primeiro dia de vigência decreto.
FLAGRANTE – Partindo do Paço Municipal, não precisaria andar muito para constatar um aparente flagrante desrespeito às normas estabelecidas pelo decreto. O portal de notícias Assiscity flagrou, com fotografia, e divulgou uma fila de clientes aguardando a abertura de uma loja de departamentos situada em plena avenida Rui Barbosa, a menos de 100 metros da Prefeitura.
Segundo uma pesquisa feita por um assisense, o CNPJ da empresa onde houve a concentração de populares permitiria seu funcionamento. A loja permaneceu aberta o dia todo.
Na mesma avenida Rui Barbosa, uma loja especializada na comercialização de chocolates não quis perder a oportunidade de vender seus produtos na semana que antecede a Páscoa e também funcionou o dia todo normalmente.
O desrespeito ao decreto foi tão grande, que a cidade registrou até uma manifestação política em frente ao Tiro de Guerra de Assis.
Fila em frente loja de departamentos
Imagem: Reprodução Assiscity