TRISTE ANIVERSÁRIO – Hospital Regional completa um ano sem ter leitos às vítimas de Covid

No dia 31 de dezembro de 2021, por determinação da Secretaria Estadual da Saúde, ainda sob o comando do ex-governador João Dória, do PSDB, foram desativados todos os leitos do Sistema Único de Saúde -SUS- em ala clínica e UTI no Hospital Regional de Assis para os pacientes que tiveram complicações da Covid-19 .

Na Santa Casa de Misericórdia de Assis, o serviço público já havia sido interrompido semanas antes, permanecendo apenas os atendimentos privados e conveniados.

Neste dia 1º de janeiro de 2023, apesar das inúmeras promessas feitas por secretários estaduais, representantes do Governo de São Paulo, deputados e até mesmo prefeitos da região de que o serviço seria retomado ‘em breve’, está completando um ano da falta de vagas no Hospital Regional de Assis aos usuários que dependem apenas do SUS.

Nesse período, dezenas de pacientes que necessitaram internação hospitalar, precisaram ser transferidos para Marília.

Nem mesmo com o aumento vertiginoso de casos de Covid-19, no primeiro trimestre e nas últimas semanas de 2022, os leitos públicos nas alas clínicas e Unidades de Terapia Intensiva -UTI- foram reabertos. Enquanto isso, os mesmos políticos, que prometeram a retomada do serviço, se esconderam ou não tocaram mais no assunto.

58 MORTES – Desde o dia da desativação dos leitos SUS no Hospital Regional, segundo do Jornal da Segunda, baseado nos boletim informativos da Secretaria Municipal da Saúde, foram registrados 58 óbitos de assisenses por complicações da Covid-19.

No dia 29 de dezembro de 2021, Assis registrava 419 mortes. No último boletim de 2022, divulgado dia 29 de dezembro, o número saltou para 477 e ainda há um óbito aguardando resultado de exame laboratorial para confirmar a causa.

A maioria dos 58 óbitos registrados nesse período de um ano ocorreu em Marília. Com isso, familiares dessas vítimas, além da dor e tristeza pela perda do ente, precisaram arcar com os custos do translado do corpo até Assis para realizar o sepultamento.

O custo do translado de um corpo de Marília para Assis, dependendo da empresa funerária, pode ultrapassar os R$ 1 mil. O registro do óbito, com a declaração expedida pelo hospital de Marília, pode ser feito no Cartório de Assis.

De acordo com o mais recente boletim que acompanha a evolução da pandemia, o ano de 2022 terminou com cinco moradores de Assis hospitalizados com Covid-19. Um deles, usuário do SUS, está internado na UTI em Marília. Os demais estão em leitos privados ou conveniados em hospitais de Assis.

08 abril regional frente

Hospital Regional completa um ano sem ter leito para vítimas da Covid-19

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