Mais uma pessoa com morte suspeita por coronavírus foi sepultada no Cemitério Municipal da Saudade, em Assis.
Já houve três sepultamentos de pessoas que morreram na cidade e a Secretaria Municipal da Saúde aguarda resultado de exames encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para ter a confirmação.
A primeira delas foi uma mulher com 82 anos de idade, moradora do Complexo Prudenciana. O sepultamento ocorreu no dia 31 de março. Dias depois, chegaram os exames comprovando que a causa da morte foi a COVID-19.
Nesta quinta-feira, dia 9, ocorreu o segundo sepultamento. O bancário Claudinei Pereira da Silva, de 55 anos, que estava internado no Hospital e Maternidade de Assis teve o óbito confirmado no dia 8, mas aguarda-se o resultado do exame encaminhado para São Paulo.
Também na quinta-feira, uma mulher com 65 anos de idade, moradora da vila Ribeiro, foi sepultada numa urna lacrada, sem que fosse permitido a familiar velar o corpo.
Familiares lamentaram o fato através de mensagens nas redes sociais:
“Infelizmente, em virtude da suspeita dela estar infectada com o corona vírus, não pudemos nos despedir dela, como gostaríamos.
O caixão foi lacrado, não pudemos fazer velório e, no enterro, só 5 pessoas foram autorizadas a acompanhar, e à distância.
Não tenho palavras pra transcrever como estamos nos sentindo, nesse momento, então gostaria de pedir que entendam nosso silêncio. Ainda não caiu a ficha que ela nos deixou.“, escreveu uma familiar.
COVAS PROFUNDAS – Na quinta-feira, funcionários do Cemitério Municipal receberam a determinação para abrirem quatro covas profundas, cada uma com quase dois metros de profundidade.
Em entrevista ao portal de notícias Assiscity, o administrador do Cemitério Municipal, Fabiano Cavalcanti anunciou que poderão haver sepultamentos à noite, e até mesmo na madrugada, de pessoas com morte suspeita do coronavírus: “A partir de hoje, não haverá velórios para casos suspeitos de COVID-19. Os sepultamentos ocorrerão imediatamente após a liberação do corpo pelos hospitais. Então, poderão ser realizados sepultamentos durante à noite ou madrugada“, explicou Cavalcante.
Quatro covas profundas foram abertas no Cemitério de Assis