“Um sorriso negro! Um abraço negro, traz felicidade. Negro sem emprego fica sem sossego…”
Com a inseparável latinha de cerveja Malta à mão (ou numa sacolinha plástica), ele sempre chegava no samba cantando esse refrão de dona Ivone Lara, emendado por inesquecíveis sambas de enredo de escolas paulistanas, como: “Quem nunca viu o samba amanhecer, vai no Bixiga pra ver…”, de Geraldo Filme.
“Eu sou apenas um rapaz latino americano…”, de Belchior, ele cantava para responder quem era ou para se apresentar.
Lembranças, tristeza e dor no coração.
Faleceu por volta das 17 horas desta quarta-feira, dia 30 de maio, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Assis, o servidor público municipal, técnico em meio ambiente e sambista Carlos Roberto Esteves, ou “Charles Roberts Stive“, como também se apresentava.
Ele morre exatamente 21 dias após ter perdido sua mãe, dona Bertilia Nogueira Esteves, de 87 anos, com quem sempre estava ao lado, preocupado, cuidando, sendo cuidado, protegendo e sendo protegido.
Carlão não passava um dia sem estar ao lado da mãe, na mesma casa da rua Professor Lourenço Carneiro, onde sempre moraram. Quando viajava, fazia questão de telefonar para saber como estava sua mãe.
“Ele morreu um pouco quando sua mãe partiu”. Ninguém duvida disso.
Entrou no Hospital Regional uma semana depois da morte da mãe. Logo foi para a U.T.I., de onde não saiu mais com vida.
A família informou que o velório acontece na sala 1 do Centro Funerário São Vicente e o sepultamento foi marcado para às 15 horas, no Cemitério Municipal.
A Unidos da Vila Operária lamenta a perda de um dos mais antigos integrantes e deve fazer uma despedida especial.
Antes da V.O., Carlão foi campeão do Carnaval de Assis na Mocidade da Vila Xavier e Mocidade de Tarumã.
Funcionário público municipal, Carlão sempre trabalhou como ajudante de serviço e era visto varrendo e capinando guias de sarjeta.
O suor e cansaço do trabalho diário sob sol ou chuva nunca roubaram sua alegria.
Era torcedor fanático do Santos Futebol Clube.
O samba, a V.O. e Assis ficam mais tristes neste dia 30 de maio.
Carlão morreu no final da tarde, na UTI do Regional