Cooperativas e Sindicatos Rurais de todo o interior do estado de São Paulo estão se organizando para promover uma grande manifestação de produtores rurais contra os efeitos do recente decreto do governador João Dória, aprovado no final de 2020 pela Assembleia Legislativa, que pode resultar diretamente no aumento dos custos da produção no campo e provocar reajuste do preço dos componentes da cesta básica. “Será um manifesto contra o aumento do ICMS sobre produtos agrícolas no Estado de São Paulo”, explicam os organizadores.
O protesto, em forma de ‘tratoraço’, está programado para esta quinta-feira, dia 7 de janeiro, e deve acontecer em várias cidades do Vale do Paranapanema.
Na região, a maior manifestação deve acontecer em Cândido Mota.
Produtores de Assis, Campos Novos Paulista, Ibirarema, Maracaí, Ourinhos, Palmital, Paraguaçu Paulista, Pedrinhas Paulista, Rancharia, Ribeirão do Sul e Salto Grande já confirmaram adesão ao movimento, que ainda está definindo os trajetos e pontos de concentração.
Em Cândido Mota, a concentração deve ter início às 6 horas da manhã, em frente à escola conhecida como ‘Grupão’, e permanência na Praça da Matriz. No período da tarde, às 15 horas, haverá uma carreata com caminhões e tratores se deslocando pelas ruas da cidade.
O Decreto nº 65.254/2020, publicado em outubro de 2019 pelo Governo do Estado de São Paulo, que faz parte da reforma tributária paulista, limitou as isenções do ICMS a partir do 1º de janeiro de 2021, para as várias operações, inclusive para os produtos agropecuários, que tem taxação de 4,14%. Segundo os produtores, o aumento dos impostos incide sobre a cesta básica, e, em cascata, atingirá a economia paulista como um todo. Para a categoria, a parcela da população mais atingida pelos aumentos será a de menor renda, onde o item alimentação tem enorme peso em seus rendimentos.
Segundo os organizadores, a manifestação é contra a decisão do Governo do Estado de aumentar o ICMS dos insumos agropecuários e de outros produtos, e o objetivo do ‘tratoraço’ é reverter esta decisão.
Várias cidades anunciaram adesão ao protesto
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