O recém formado G-9, grupo integrado por nove dos 15 vereadores da Câmara Municipal de Assis, pode, finalmente, quebrar o acordo firmado antes mesmo da posse dos 15 vereadores da Câmara Municipal de Assis estabelecendo os presidentes durante aos quatro anos da atual legislatura.
Na linha sucessória planejada, de acordo com o revezamento pré-estabelecido em 2012, 2016 seria o ano de Alexandre Cachorrão, do PSD, suceder Claudecir Martins, do SDD, e comandar a Mesa Diretora.
No entanto, a bancada do PSC – composta pelos vereadores Bentinho do Bar, Pastor Edinho, Paulinho Matiolli e Valmir Dionízio -, e o vereador Timba, do DEM, romperam com o grupo de sustentação ao prefeito Ricardo Pinheiro, do PSDB, e ajudaram a formar o G-9, juntando-se aos dois vereadores do PT e os dois do PTB.
Essa união de quatro legendas e nove votos pode mudar o cenário e a oposição, após três tentativas frustradas, pode chegar ao comando do Poder Legislativo.
Só há um problema: o grupo não decidiu quem será o candidato. Há dois pré-candidatos declarados: José Luiz Garcia, do PT (foto) e Valmir Dionízio, do PSC.
Se houver consenso, o G-9 ganha a eleição.
Caso contrário, mesmo que um deles mantenha a posição e tenha apenas dois votos, os outros sete votos garantem a vitória contra a situação, que somaria seis.
Ou seja: a oposição só perde para si mesmo.
Há outro risco: Paulo Matiolli, do PSC, para ser presidente em 2014, teria assumido o compromisso de votar em Cachorrão agora.
Resta saber se ele manterá o compromisso pessoal ou agirá para garantir o G-9 unido, alegando que seguiu uma determinação da bancada. Matioli sabe que seu voto ao candidato apoiado pelo prefeito pode sepultar o trabalho independente realizao pelo G-9 ao longo do ano de 2015. Pior do que isso: quase certo candidato a vice-prefeito na chapa do pedetista José Fernandes, Matiolli poderia, com seu voto em Cachorrão, dar uma grande ajuda ao seu possível adversário Ricardo Pinheiro, que continuaria ‘passeando’ nos bastidores da Câmara, sem enfrentar resistência.
É um jogo de xadrez.
Cada peça mexida, muda o cenário eleitoral em 2.016.
Cachorrão contabiliza seis votos: Arlindo do Raio X, Capitão Coelho, Professor Thiago, Eduardo Camargo, Gordinho da Farmácia e o dele próprio.
José Luiz Garcia tem garantido o seu e do companheiro de legenda, Português, além dos tradicionais aliados petebistas Adriano Romagnoli e Cristiano Santilli. Já Dionízio conta com os outros três da sua legenda, além do voto próprio. O desempate na disputa entre Garcia e Dionízio será dado pelo voto de Timba, do DEM.
Uma teoria é ocorrer, antes do pleito, uma eleição interna no G-9. Quem ganhar leva a presidência da Câmara. Quem perder assume o compromisso de votar no vitorioso da disputa interna, pode exigir um cargo na Mesa Diretoria.
Após vários anos de cartas marcadas, a eleição para a presidência da Câmara Municipal de Assis, faltando poucas horas para ter início, ainda está indefinida.
O processo eleitoral, onde apenas os 15 vereadores votam, terá início às 18 horas.
O voto é aberto.