Foi uma das mais emocionantes sessões da Câmara Municipal de Assis nos últimos anos.
Nem mesmo a presidente do Legislativo, ‘Professora Dedé’, conseguiu esconder a emoção ao ouvir o pronunciamento do vereador Nilson Antônio da Silva, o ‘Pavão’, após ele ter se livrado de mais um pedido de afastamento apresentado pelo seu suplente, o advogado Ernesto Benedito Nóbile.
Aparentemente sereno e dono de suas emoções, Nilson ‘Pavão’ reassumiu sua cxadeira na Câmara Municipal após seis meses afastado por licença médica.
O vereador continua morando no ‘Lar dos Velhos’, onde foi abrigado por uma determinação judicial após receber alta hospitalar.
Um funcionário da Câmara foi escalado para instalar um equipamento no asilo para que Nilson ‘Pavão’ possa participar das sessões, feitas por videoconferência por conta dos riscos de contágio na pandemia do novo coronavírus.
Descontente por perder a cadeira que ocupou nos últimos seis meses -que lhe renderam cerca de R$ 30 mil subsídios-, Nóbile ‘requentou’ uma série de acontecimentos desde da posse de Pavão para pedir a instalação de uma nova Comissão Processante, com o consequente afastamento do titular, que teve quase três vezes mais o número de votos do que ele, em outubro de 2016.
Após as leitura da denúncia, a Câmara rejeitou o pedido de instalação da Comissão Processante contra Nilson ‘Pavão’ pelo placar de 9 a 3. Dois vereadores se abstiveram de votar e a presidente não votou.
Foram favoráveis ao processo contra Nilson Pavão: Carlão Binato, Chico Panela e Valmir Dionísio. Se abstiveram: Timba e Célio Diniz. Os contrários ao pedido de Nóbile foram: Cachorrão, André Borracha, Gordinho, Camarguinho, Bigode, Nilson ‘Pavão, Reinaldo da ‘Cremos’, Roque Vinícius e Vinícius Símili.
EMOÇÃO – O momento de maior emoção da reunião, onde foi possível, pela transmissão, perceber alguns vereadores passando os dedos sobre os olhos, como se estivessem secando lágrimas de choro, ocorreu no momento em que Pavão pediu a palavra.
Ele conseguiu sintetizar, num pequeno vocabulário, e descrever a heterogeneidade de sentimentos vivenciados nos últimos meses, quando passou perto da morte, ao ser internado no Hospital Regional de Assis ao ser socorrido inconsciente até à volta ao cargo que a população lhe outorgou através do voto.
“Quero dizer que estou com muita saudade de ver vocês todos e quero garantir que não tenho ódio do meu suplente, mesmo com tudo que ele tem feito. Espero que Deus o perdoe, porque eu já lhe perdoei!”, resumiu.
Foi assim, carregada de emoção, a volta do vereador que recebeu a terceira maior votação na eleição de 2016 e teve um mandato conturbado que, agora, está a quatro meses do fim.
Pavão discursa na sessão virtual da Câmara