Empossado vereador na última sexta-feira, dia 1º de março, para substituir Nilson da Silva, o “Pavão”, do MDB, enquanto o medebista permanecer internado no Hospital Regional de Assis, o advogado Ernesto Benedito Nóbile, do PRP, usou a tribuna no primeiro dia de ‘serviço’ durante a sessão ordinária, na quarta-feira, dia 6 de março, para reclamar do valor do subsídio (salário) dos vereadores e da necessidade da contratação de um assessor para cada parlamentar.
Em Assis, o subsídio mensal do vereador é R$ 5.184,42. Já o presidente da Câmara recebe um pouco mais: R$ 5.732,50.
Sobre os assessores, em 2018, a Mesa Diretora da Câmara Municipal apresentou um projeto prevendo a contratação de um assessor para cada vereador. A população, contrária à medida, lotou o plenário e a propositura acabou sendo arquivada.
Na manhã desta quinta-feira, dia 7, no programa Acorda Assis, na Rádio Interativa, ao ser criticado pelo apresentado Reinaldo Nunes sobre os comentários feitos na sessão, Nóbile entrou em contato com a emissora para informar que tinha sido ‘mal interpretado’. Disse que ao usar a tribuna, falou sobre os recursos devolvidos pelo Legislativo ao final do ano e que o salário dos vereadores em Assis seria um dos menores da região e que em todas as cidades com mais de 100 mil habitantes, os vereadores contam com assessoria”, disse.
Ernesto Nóbile reclamou ainda da falta de tempo para conciliar o trabalho de advogado e a nova função de vereador. “Só num dia, recebi 158 pedidos da população. Não tive tempo para atuar como advogado”, justificou.
Preocupado com a repercussão negativa de seus comentários na sessão da Câmara Municipal, Nóbile decidiu encaminhar um comunicado à imprensa na tarde desta quinta-feira para explicar os comentários feitos no primeiro dia de ‘serviço’ como vereador.
“O vereador Ernesto Nóbile, do PRP, a respeito de seu comentário feito na última secção (sic) ordinária na Câmara Municipal de Assis onde afirmou que o “salário mais baixo de vereador” na região, é o de Assis, sendo que, no antigo distrito de Tarumã, os Vereadores daquela cidade recebem quase o dobro do que Assis.
Sobre o comentário feito de que os Vereadores de Assis não dispõem de nenhum assessor, Ernesto Nóbile esclarece que em sua opinião o edil necessita de auxílio. Porém, como os Vereadores pressionados pela população retiraram o projeto de criação de um cargo para cada Vereador, irá contratar do próprio bolso um assessor para auxiliá-lo, pois, diariamente tem que participar de reuniões, elaborar trabalhos legislativo, bem como atender as reivindicações da população em todos os setores, e para que realize um bom mandato, irá tomar tal atitude.
Ernesto lembrou que os atuais Vereadores, bem como o prefeito e o vice-prefeito não podem receber aumentos, e que o subsídio destas autoridades só podem ser feitas no próximo ano, antes das eleições, vigorando apenas para o próximo mandato. Portanto, não há o que se falar em aumentos, pois, é ilegal”, concluiu Nóbile.
O JSOL – Jornal da Segunda On Line entrou em contato com a Câmara Municipal de Tarumã onde, segundo Nóbile, os vereadores daquela cidade, ganhariam ‘quase o dobro’ dos parlamentares de Assis.
Não é verdade a afirmação de Nóbile.
Em Tarumã, segundo o portal transparência do Legislativo cada um dos nove vereadores recebe um subsídio mensal de R$ 6.589,19. Ou seja, uma diferença de exatamente R$ 1.404,77 e não o dobro como ele disse.
Em Assis, as despesas para pagar subsídios dos 14 vereadores e do presidente da Câmara totalizam R$ 78.314,38. Em Tarumã, juntos os oito vereadores e o presidente do Legislativo recebem R$ 59.302,71.
O Orçamento total da Câmara Municipal de Tarumã para o exercício de 2.019 é de R$ 1.813.072,00.
Em Assis, o orçamento do Legislativo para 2019 é de exatamente R$ 9.500.000,00.
Nóbile reclamou do salário e da falta de assessor