Não se vai muito longe fazendo tudo sozinho. A corrente do bem começa com a possibilidade do outro. E é isso que o músico e escritor assisense Horácio Dib percebeu quando se viu diante de um projeto maior do que poderia arcar.
Ele conta que “um projeto sobre o amor, ainda por cima, o amor em todas suas fases, intitulado ‘Tendões: Vulcões’, precisaria de muita força nos músculos para entrar em erupção e irromper o solo”, define.
Foi essa percepção que fez o músico mudar radicalmente a forma de ver sua criação e iniciar o Projeto de Financiamento Coletivo no Catarse para realizar seu sonho.
O QUE É – Financiamento Coletivo, explica ele, é uma forma de apoiar artistas independentes que, de outra forma, não conseguiriam atingir suas metas. “O artista apresenta seu projeto e a quantia necessária para fazer o projeto. Apresenta, também, diversas recompensas que o apoiador pode desbloquear a cada quantia”, conta.
A troca é simples: o apoiador auxilia com o que pode e tem acesso às recompensas. Assim, todos ganham: “O artista consegue criar sua arte com qualidade. O apoiador receberá recompensas exclusivas dependendo da quantia despendida, além do produto final que ajudou a financiar”, resume Dib.
Com o título ‘Tendões: Vulcões’, o músico Horácio Dib está lançando o seu sexto álbum.
Diferente dos trabalhos anteriores, quando tocou, cantou, gravou e editou tudo sozinho, neste projeto, para falar direito sobre o amor e suas complexidades, ele espera contar com a ajuda de todos.
Com dez músicas inéditas já compostas, Horácio Dib percebeu que o novo álbum merecia um novo passo em sua carreira independente: “Músicos profissionais e um estúdio profissional para as gravações e distribuições precisam estar envolvidos”, decidiu.
Sendo professor, além de músico e escritor, e não tendo recurso financeiro suficiente para alcançar sua meta, Horácio Dib vislumbrou a possibilidade de engajar mais pessoas para sua arte e lançou o projeto.
“O álbum nascerá de um esforço e de uma paixão de todas as partes. Desde a ajuda das pessoas interessadas no ‘Financiamento Coletivo’, até a gravação e ensaio dos músicos à distância, as parcerias nas composições, o apoio do estúdio, o projeto da capa e a resolução de cada uma das recompensas”, planeja.
Dib explicou que o projeto terá duração de dois meses e, só no primeiro dia, já conseguiu captar 10% de sua meta. “O amor, apesar dos pesares dos nossos tempos, aparenta estar cada vez mais possível com essa corrente do bem que organicamente se cria”, alegra-se.
O professor e músico faz o convite: “Faça a diferença, hoje. Você pode encontrar o projeto no site do Catarse, no link www.catarse.me/tendoes_vulcoes e terá acesso a um vídeo explicativo, com um pedaço de uma música do álbum, além de um texto precisando o projeto, as recompensas e para onde vai o orçamento”, orienta.
Atualmente, artistas independentes que possuem um sonho, uma visão poética e uma arte que perpassa qualquer soma de dinheiro, estão presos dentro de uma camada dura de anonimato num mundo gerido, basicamente, pelo capital e pelo interesse. “Sobreviver de poesia não alimenta o corpo, a poesia, na verdade, esfomeia”, repete Horácio Dib. “Assim, que essa fome de criação não acabe nunca. E que possamos aprender a nos unir por belas e intensas causas, como o Projeto Tendões: Vulcões”, conclui.
Horácio Dib aposta num projeto coletivo
Imagem: Divulgação