O motorista Júlio César Ramires, de 40 anos, que mora em Palmital e que está preso preventivamente no Anexo de Detenção Provisória de Assis há quase dois anos, foi condenado a 18 anos e um mês, inicialmente em regime fechado, por ter provocado um acidente na avenida Rui Barbosa na madrugada do dia 13 de dezembro de 2020, que resultou na morte de um motociclista e ferimentos graves numa adolescente, que estava na garupa da motocicleta.
O veredicto foi anunciado pelo juiz Henrique Ramos Sorgi Macedo, presidente do Tribunal de Júri instalado no Fórum da Comarca de Assis, por volta da meia-noite desta quarta-feira, dia 23 de novembro.
Por ter provocado o acidente que resultou na morte de Leandro Rosendo Consoli Claudino, de 18 anos, que dirigia uma motocicleta, e causado lesão corporal gravíssima na adolescente de 17 anos, que estava na garupa da motocicleta, e ainda por estar embrigado, conforme atestaram os exames realizados, o réu foi pronunciado por “homicídio duplamente qualificado, lesão corporal gravíssima e embriaguez ao volante”.
Ramires conduzia um veículo Fiat, Cronos Drive, quando colidiu com a motocicleta de Leandro no cruzamento da avenida Rui Barbosa com a avenida Otto Ribeiro.
Leandro Rosendo Consoli Claudino e adolescente, com ferimentos graves, atingidos violentamente pelo carro foram socorridos, mas o condutor da moto não resistiu e morreu, horas depois. A passageira permaneceu vários meses internada para se recuperar dos traumas.
De acordo com o processo judicial, baseado em depoimento de testemunhas e provas, o veículo dirigido por Ramires cruzou o sinal vermelho e bateu violentamente na moto, arremessando os seus ocupantes. A motocicleta tentaria fazer a conversão à esquerda, para entrar na avenida Otto Ribeiro.
A defesa do réu, que encontra-se detido no Anexo de Detenção Provisória de Assis, esteve a cargo do advogado Paulo Celso Gonçalves Galhardo, que também é de Palmital.
A acusação no Tribunal de Júri foi feita pelo promotor de justiça, Fernando Fernandes Fraga.
Para a mãe da adolescente ferida no acidente, Ana Paula Cateli, ouvida pelo portal Abordagem Notícias, foi feita justiça. “Era o que esperávamos, que ele (réu) pagasse pelo que fez”
O pai do motociclista Leandro, Thiago Consoli Claudino, também se manifestou: “O resultado foi de acordo com o esperado. Ou seja: houve justiça no caso da morte do meu filho. O próprio réu confessou, teve consciência do que causou. Quero agradecer a todos, de coração. Quero falar que o hoje não mudou o passado. Não trouxe meu filho de volta, mas um ciclo se finalizou e a justiça foi feita. Quero agradecer, em especial, às pessoas que ajudaram o meu filho no dia do acidente e inclusive foram testemunhas, voluntariamente. Isso demonstra que ainda existe pessoas de imensa hombridade e que ainda podemos acreditar na justiça. O réu foi sentenciado e irá cumprir 18 anos e 1 mês de regime fechado e 1 ano de regime semi aberto e 2 meses da suspensão da CNH”, finalizou Claudino, emocionado, ao portal Abordagem.
Acidente aconteceu há dois anos
Imagem: Arquivo