Mais uma vítima no golpe do ‘bilhete premiado’ em Assis.
Uma mulher de 70 anos de idade, moradora na vila São Cristovão, perdeu R$ 7,5 mil.
Ela foi ludibriada por um casal e uma ‘senhora’ que simulava ser moradora da zona rural, analfabeta e que ‘teria descoberto ser ganhadora de um prêmio de R$ 64 milhões na Mega Sena’.
O golpe, registrado como ‘estelionato’ na Central de Polícia Judiciária, teve início na manhã de terça-feira, dia 17, na rua Ângelo Bertoncine, quando a vítima voltava para a casa.
Inicialmente, uma mulher com aparência humilde lhe abordou, perguntando o endereço de uma fábrica de roupas.
Ao responder negativamente, um casal que estava do outro lado da rua, se aproximou e começou a participar da conversa.
Em minutos, a mulher que abordou a vítima pedindo o endereço da fábrica de roupas disse ter em seu poder uma posta do jogo da Mega Sena que ainda não tinha conferido.
Quando o homem, aparentando ser idoso, vestindo trajes sociais, se ofereceu para conferir, ela simulou resistir: “Já caí uma vez no conto do bilhete premiado e não quero ser enganada novamente”, falou.
Minutos depois, alegando ter anotado as dezenas feitas na aposta, o homem disse ter ido a uma lotérica e voltou com a ‘boa notícia’: “Seu bilhete é premiado. Aenhora ganhou R$ 64 milhões na Mega Sena”, narrou.
A mulher ‘ganhadora do prêmio’, simulou um choro, dizendo não saber o que faria com tanto dinheiro, uma vez que morava num sítio, junto com sua mãe, vivendo com uma renda mensal de apenas R$ 500,00.
Nesse momento o homem, integrante da quadrilha, ofereceu ajuda.
Pegou o telefone e fingiu entrar em contato com agência da Caixa Econômica Federal, informando conhecer a ganhadora da Mega Sena, mas que ela era analfabeta e não sabia o que deveria fazer para resgatar o prêmio.
“O gerente disse para a senhora comparecer na agência, acompanhado de suas testemunhas”, recomendou.
Disfarçando estar ‘duvidando’ da vítima, o homem se prontificou a ser uma das testemunhas, e que se ela também quisesse testemunhar, ‘deveria provar que não tem dívidas no banco’.
Para provar, ela aceitou comparecer a uma agência e sacar uma qualquer importância ‘qualquer’ em dinheiro: ‘é para o dízimo da igreja’, justificou o homem.
Nesse momento, ele exibiu um saco plástico, onde segundo ele, teria R$ 10 mil para ‘oferecer’ à ganhadora do prêmio.
A vítima, acreditando ser uma história verdadeira,aceitou ir com a acompanhante do homem até o banco e retirou R$ 2,5 mil do caixa eletrônico.
Minutos depois, foi até o caixa e retirou mais R$ 5 mil.
Juntos, eles ouviram da terceira golpista que também buscaria R$ 5 mil em dinheiro emprestado na casa do cunhado para ‘ajudar’ a vítima, sendo testemunha no banco.
Como a mulher demorava a retornar, o homem pediu à vítima que fosse até a esquina observar o que estava acontecendo.
Quando percebeu, estava sozinha, sem o dinheiro e o trio tinha fugido.
Foi aí que descobriu ter sido mais uma vítima do golpe do ‘bilhete premiado’ e acionou a Polícia Militar.
Na Central de Polícia Judiciária, ela contou ao delegado Mário Miranda de Souza, que a agência bancária tem imagens gravadas da mulher que a acompanhou.
Na rua onde ela foi aborda e conversou com os golpistas, disse que algumas residências possuem câmeras de monitoramento.
O delegado registrou a ocorrência como estelionato e remeteu para a equipe de investigadores.
Na ocorrência, a vítima descreveu os golpistas.
O homem aparentava ter uns 70 anos de idade, altura aproximada de 1m70, cabelos grisalhos, trajava camisa social azul, calça social preta e calçava sapato social.
Uma das mulheres era loura, aparentava 35 anos de idade, media cerca de 1m50.
A primeira mulher, que lhe abordou inicialmente, usava cabelos amarrados em forma de rabo de cavalo, e tem idade aproximada de 50 anos.
R$ 10 mil – Na sexta-feira da semana passada, uma senhora de 83 anos perdeu R$ 10 mil no mesmo golpe do ‘bilhete premiado’.
A vítima foi ouvida na Central de Polícia Judiciária