Grande adesão à paralisação mostra forte reação à tentativa de desmonte do Banco do Brasil

Funcionários do Banco do Brasil na região de Assis, assim como ocorreu de norte a sul do país, demonstraram enorme adesão na paralisação realizada nesta sexta-feira, dia 29 de janeiro, numa forte reação à reestruturação anunciada pela direção do banco, que prevê o fechamento de centenas de unidades, desligamento de milhares de bancários, descomissionamento de funções e a extinção do cargo de caixa. “Os trabalhadores estão mobilizados contra essa tentativa de desmonte desse importante banco público’, disse o diretor do Sindicato dos Bancários em Assis, Fábio Escobar.

Em Assis, dirigentes sindicais, mobilizados junto aos funcionários, mantiveram paralisadas as duas agências localizadas na avenida Rui Barbosa, além das vizinhas cidades de Cândido Mota, Paraguaçu e Palmital onde não houve atendimento presencial ao público.

“Essa adesão demonstra o descontentamento dos funcionários do Banco do Brasil  com a reestruturação e sinaliza que eles dispostos a lutar”, reforça Escobar.

Para o dirigente sindical, “é importante que a população e a classe política se mobilizem para evitar o fechamento de agências na região e o desligamento de funcionários, que podem afetar muito o atendimento de clientes e usuários”, apela.

“O desmonte imposto pela direção do Banco do Brasil, que dificulta o acesso da população aos serviços bancários e à concessão de crédito, colocando em risco o importante papel do banco no desenvolvimento do país, sobretudo neste momento de crise econômica e sanitária, ocorre bem ao gosto de uma gestão que também não se preocupa com as vidas de quem trabalha duro na pandemia, a exemplo dos ataques desferidos contra toda a classe trabalhadora pelo atual governo”, denuncia Fábio Escobar.

Na visão do diretor sindical, a proposta do Governo Federal e da direção do banco “é desmontar o patrimônio público, o que representa um ataque ao povo brasileiro. Todos perdem com essa reestruturação, desde o funcionário ao cidadão que busca crédito habitacional, do pequeno comerciante ao grande empresário”, alerta Escobar.

“O Sindicato não concorda com nenhum plano que resulte em redução de postos de trabalho e retire direitos duramente conquistados. Nossa mobilização foi um protesto ao desrespeito da direção do Banco do Brasil com os trabalhadores, seus clientes e usuários. Não é somente sobre fechar agências. Os bancários cruzaram os braços para deixar claro que não aceitam a retirada de direitos e a destruição de uma instituição centenária que pertence ao povo que poderá ser empurrado, cada vez mais, para os serviços digitais, reduzindo o acesso da população mais carente, que mais precisa do banco público e forte. Mais uma vez, a categoria mostrou sua força. Se é luta que eles querem, seremos unidade e resistência!” prometeu o representante dos bancários em Assis.

NEGOCIAÇÃO – Nos próximos dias, será avaliada a mobilização e sua continuidade, caso a direção do Banco do Brasil se recuse a dialogar com seus funcionários sobre eventuais mudanças no banco. “A Comissão de Empresa vai se reunir na próxima semana, junto com o Comando Nacional, para avaliar como foram os atos no Brasil inteiro. Montaremos um novo calendário de lutas caso o banco não nos chame para a negociação. Não descartamos a possibilidade de greve dos funcionários do Banco do Brasil por tempo indeterminado”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

31 janeiro BB
Não houve atendimento presencial nas agências do BB na região de Assis

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