Apesar do anúncio do Governo do Estado de São Paulo, feito na noite desta quarta-feira, dia 6 de janeiro, de “suspender a vigência dos decretos estaduais que autorizam redução de benefícios fiscais do ICMS para insumos agropecuários para a produção de alimentos e medicamentos genéricos”, o movimento denominado ‘tratoraço’, organizado por representantes de produtores rurais está mantido em todo o interior do estado de São Paulo nesta quinta-feira.
A coordenação do ‘tratoraço’ retrucou a manifestação do governador João Dória, dizendo que não aceita o cancelamento “por ser apenas parcial”, e exige a suspensão integral da Lei 17.293/2020. “Dessa forma, o tratoraço está mantido integralmente”, resume.
Segundo Gustavo Chavaglia, coordenador da mobilização, “a medida de Doria é apenas parcial e não isenta aumentos na energia elétrica (12%), nos combustíveis (diesel), e outros equipamentos, inclusive na área de saúde, como cadeiras de rodas, por exemplo”, disse.
Gustavo Chavaglia resumiu: “uma coisa é suspender, outra é revogar. Portanto, está mantido o protesto”, disse o coordenador do ‘tratoraço’.
Na vizinha cidade de Cândido Mota, produtores rurais de Assis e várias cidades do Vale Paranapanema começaram a estacionar seus maquinários por volta das seis horas da manhã, em frente a Praça Matriz, de onde eles pretendem sair “em carreata” às 15 horas, percorrendo as ruas da cidade.
O produtor rural Eliseu Martins, de Cândido Mota, ouvido pela jornalista Vanessa Zandonadi, se manifestou a respeito do recuo do governador: “Eu acho que nós, agricultores, já incomodamos ele (Governador). Ele percebeu que nós não estamos com brincadeira. Estão muito pesados os impostos que ele quer implantar em cima da agricultura e sabemos que esse imposto irá refletir em todas as classes”, resumiu.
Maquinários estacionados em Cândido Mota
Imagem: Vanessa Zandonade – Assessoria Coopermota