Poucos dias após ser sido alvo de uma inesperada ‘visita’ de policial civis de Presidente Prudente para o cumprimento de mandado judicial de busca e apreensão, ocorrido no dia 1º de julho, a Fundação Educacional do Município de Assis -FEMA- efetuou o pagamento de quase R$ 80 mil em forma de patrocínio e comissão a uma agência de publicidade para ter sua marca divulgada durante a Feira Industrial e Comercial de Assis e Região -FICAR-, que aconteceu no período de 6 a 10 de julho, no recinto do Parque de Exposições Jorge Alves de Oliveira.
Esses gastos constam da Ação Popular protocolada Vara da Fazenda Pública pelo advogado Karol Tedesque da Cunha e os ex-presidentes da OAB-Subseção de Assis, Carlos Pinheiro e Carlos Henrique Afonso Pinheiro, o ‘Caisê’. No documento, eles pedem o afastamento dos dirigentes da instituição de ensino, Arildo José de Almeida (presidente do Conselho Curador) e Eduardo Vella (ex-diretor executivo e atual diretor acadêmico).
Escreveram os advogado: “O que chama a atenção, e gera ainda mais indignação, são os altos gastos com publicidade, através da empresa contratada Agência de Comunicação Z5 LTDA., a qual possui, ao que parece, autonomia para custear publicidade da FEMA, e sobre tais gastos, aufere de 10% a 25% a título de comissão”, diz trecho da ação protocolada na Vara da Fazenda Pública.
“A título de exemplificação, verifica-se que foi realizado um ‘patrocínio institucional na FICAR’, evento este organizado pela Associação Assisense de Rodeios, no importe de R$ 70.500,00”, continuam os advogados.
Afirmam os autores da Ação Popular: “A propósito, destaca-se a audácia na efetivação de tal pagamento, o qual é representado por um mero recibo assinado supostamente pelo presidente da referida associação de rodeios” (veja abaixo).
A Agência Z5, segundo a ação, teria recebido 10% sobre o valor do patrocínio, o que corresponde a R$ 7.050,00, totalizando gastos com o patrocínio de quase R$ 80 mil.
Recibo carimbado comprova o pagamento de patrocínio
Reprodução Ação Popular