Após 34 anos como delegado de Polícia no Estado do Paraná, o assisense Amadeu Trevisan viveu seus principais momentos de notoriedade, com grande assédio da imprensa nacional, ao conduzir o inquérito que esclareceu o bárbaro assassinato do jogador Daniel Côrrea, de 24 anos, ocorrido em outubro de 2018, na cidade de São José dos Pinhais, onde ele é delegado titular.
Amadeu Trevisan, que já trabalhou como carcereiro na Cadeia Pública de Cândido Mota no início da década de 80, passou o final da Semana Santa e o domingo de Páscoa em Assis, onde foi entrevistado, com exclusividade, pelo radialista Otacílio Dorácio, colaborador da Rádio Voz do Vale FM, de Cândido Mota.
Trechos da gravação foram reproduzidos no programa do radialista Toninho Scaramboni na manhã desta segunda-feira, dia 22 de abril.
O jogador Daniel Corrêa, de 24 anos, que iniciou sua carreira no Cruzeiro, passando por Botafogo do Rio de Janeiro, São Paulo Futebol Clube, Ponte Preta de Campinas, São Bento de Sorocaba e atuou pelo Coritiba em 2017, foi encontrado morto na manhã de sábado, 27 de outubro de 2018, num matagal, em São José dos Pinhais, após ter participado de uma festa na residência do casal Brites.
Após investigar e concluir o inquérito em apenas 24 dias e pedir a prisão preventiva de várias pessoas, entre elas o casal Edson Brites Júnior e Cristiane Brites, o delegado Amadeu Trevisan e outros dois policiais civis de São José dos Pinhais foram arrolados pelo Ministério Público como testemunhas de acusação. “Sou testemunha dos fatos e não da acusação”, respondeu, numa entrevista a uma emissora paranaense, antes de ser ouvido em juízo.
Veja, abaixo, pelos crimes que cada réu responderá:
Edison Brittes Júnior – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo;
Cristiana Brittes – homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;
Allana Brittes – coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor;
Eduardo da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
Ygor King – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
David William da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa;
Evellyn Brisola Perusso – denunciação caluniosa e falso testemunho.
No inquérito policial que entregou ao Ministério Público, o delegado Amadeu Trevisan indiciou apenas Edison Brittes Júnior, Eduardo da Silva, David William e Ygor King pelo homicídio do jogador. Cristiana Brittes, que mais tarde também foi acusada pelo MP pelo homicídio do jogador, tinha sido indiciada apenas pelos crimes de coação de testemunha e fraude processual.
O delegado Amadeu Trevisan é assisense