A votação da proposta que altera o estatuto da Caixa, que estava prevista para ocorrer no dia
18 de outubro, durante reunião do Conselho de Administração do banco público, foi adiada. O
recuo é positivo e fruto da mobilização dos empregados da Caixa, com a ação da
Confederação, Federações e dos Sindicatos dos Bancários.
A preocupação da categoria bancária é com algumas mudanças que interferem no direito dos
trabalhadores e uma transformação substancial, fazendo com que a instituição se torne
sociedade anônima (S/A), o que destruiria o caráter 100% público do banco. Foi entregue
documento ao Conselho questionando o cunho jurídico das alterações e os prejuízos que a
mudança, caso aprovada, trará à Caixa e ao desenvolvimento do Brasil.
De acordo com o presidente do Sindicato, Helio Paiva Matos, o objetivo do governo ao tornar
a Caixa uma empresa S/A é facilitar, em um futuro próximo, a abertura de capital do banco. A
consequência imediata é a perda do papel da Caixa como gestora dos mais importantes
programas sociais do país, que tendem a diminuir ou mesmo desaparecer – Minha Casa,
Minha Vida, Bolsa Família, PIS, FGTS – já que o único interesse dos acionistas é o lucro, e não o
compromisso com a população e a melhoria das condições sociais.
“A real intenção do governo Temer é entregar o patrimônio público para o capital privado em
troca da manutenção do seu mandato e, sendo assim, age com pressa. Mas a Caixa é um
banco que está à frente do desenvolvimento do Brasil, e precisa continuar assim. É muito
importante a união dos trabalhadores da Caixa e de toda a população neste momento tão
crítico”, conclui.
Texto e foto: Ello Assessoria de Imprensa