CONFIRMADO: Professora Renata morreu vítima da dengue

Está confirmado oficialmente: a professora Renata Gonçalves Terribile, de 53 anos, que, segundo seus familiares, teria sido diagnosticada com ‘sinusite’ na Unidade de Pronto Atendimento Ruy Silva, do Jardim Aeroporto, morreu vítima de dengue.

A morte ocorreu no dia 14 de fevereiro, na Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa de Misericórdia de Assis, para onde ela foi levada após o quadro se agravar na UPA.

Apesar de a Declaração de Óbito, assinada pelo médico Adriano Henrique Henschel (detalhe), já ter antecipado ‘dengue’ como uma das causas da morte, além de ‘insuficência cardíaca e choque séptico’, a Secretaria Municipal da Saúde, segundo o portal de notícias ‘Abordagem’, havia dito que um  exame “havia sido ‘negativo”, aguardaria a chegada do resulto final do Instituto Adolfo Lutz -prevista para 30 dias-, e ainda que “investigaria os atendimentos dados à vítima”.

Pelo acúmulo de serviço no laboratório paulistano, o prazo de 30 dias acabou se estendendo e foram 53 dias de espera.

O resultado só foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na manhã desta terça-feira, dia 7 de abril, e confirmou a morte por dengue.

Informou o portal oficial da Prefeitura: “A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Assis recebeu nessa terça-feira, 7, o resultado do exame de uma professora, que morreu em 14 de fevereiro desse ano, com suspeita de Dengue”.

E continuou informando: “o exame foi feito pelo Instituto Adolfo Lutz e a professora testou positivo para Dengue, confirmando assim a causa da sua morte”, resumiu.

 

SINUSITE – À época, o que provocou revolta entre os familiares e amigos da professora Renata Gonçalves Terribile foi o fato de a paciente ter sido diagnosticada, inicialmente, na Unidade de Pronto Atendimento, segundo eles, com diagnóstico de ‘sinusite’.

Segundo as filhas da professora, ouvidas pelo portal ‘Abordagem Notícias’, no dia 10 de fevereiro, Renata teria sido atendida na ‘UPA’ com “febre, forte dor de cabeça, rosto, pescoço e peito com vermelhidão”. A descrição foi feita por uma das filhas da professora.

“O primeiro médico que atendeu minha mãe, prontamente apontou um quadro de sinusite, prescrevendo antibiótico e analgésico”, relatou a filha.

No dia 12, Renata voltou à mesma unidade de saúde.  Dessa vez, vomitando.

Novamente o diagnóstico, de outro médico, também teria apontado sinusite. “Segundo ele, o vômito era decorrente dos medicamentos ingeridos, prescrevendo outros, dentre os quais, um de diabetes, para baixar a pressão”, contaram as filhas da professora à jornalista Dagmar Marciliano.

No dia 13 de fevereiro, o quadro de saúde piorou novamente e a professora retornou à UPA, mas acabou sendo encaminhada, às pressas, para a UTI da Santa Casa de Misericórdia de Assis.

A pressão arterial era significativamente baixa.

Horas depois, os médicos da Santa Casa de Assis confirmaram a morte.

INVESTIGAÇÃO – Ao portal ‘Abordagem’, o secretário municipal da Saúde, Adriano Luís Romagnolli Pires, teria afirmado que o exame feito na Santa Casa “deu negativo para dengue” e completou: “Agora, segue para Marília, no Instituto Adolf Lutz, onde haverá uma nova análise. O laudo deve chegar em 30 dias”, explicou, naquele momento.

De acordo com uma técnica da Secretaria da Saúde, no primeiro atendimento, realizado na UPA, a paciente “não apresentava sintomas da dengue”. Segundo ela “alguns sintomas da dengue são bem parecidos com várias outras doenças. Num primeiro momento, infelizmente, a doença não foi identificada”, lamentou.

No segundo atendimento na UPA, segundo a mesma técnica, alguns sintomas se encaixavam. “Pelos exames clínicos, dava para pensar em dengue, mas os exames preliminares, feitos na Santa Casa de Assis, também foram negativos”, disse ao portal Abordagem.

O secretário Romagnoli, à época, garantiu que seria feita “uma investigação interna para relatar a conduta médica”.

Até o momento, 53 dias após a morte, o resultado da investigação é desconhecido.

Procurada, à época, a coordenação da Unidade de Pronto Atendimento, disse que apenas a FEMA – Fundação Educacional do Município de Assis – poderia falar sobre o caso, o que não aconteceu até o momento.

07 abril confirmado

Declaração de óbito já antecipava ‘dengue’ como causa da morte da professora Renata Gonçalves Terribile

 

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