Ótimo trabalho da equipe administrativa do Hospital Regional, que elaborou um plano emergencial visando readequar o espaço físico do prédio para que a Unidade não seja descartada como referência dos municípios do Vale Paranapanema no atendimento dos casos de coronavírus.
Na última sexta-feira, dia 3 de abril, o JSOL –Jornal da Segunda On Line– noticiou que o Hospital Regional corria o risco de perder essa condição ‘por critérios técnicos’ em razão de a unidade ser credenciada como Unidade de Oncologia.
No entanto, a diretora do Hospital Regional, médica Lenilda Ramos, passou o final de semana discutindo, com sua equipe técnica, uma readequação estrutural, que poderá conciliar a continuidade dos serviços da Unidade de Oncologia com o atendimento dos casos mais graves do vírus COVID-19.
A principal mudança, pelo que o JSOL apurou seria a mudança no local de atendimento dos pacientes da Unidade de Oncologia, atualmente no terceiro andar, para o térreo, onde, anos atrás, funcionava o Pronto Socorro Municipal.
Se isso ocorrer, os pacientes que lutam contra o câncer e os funcionários do setor passariam a ter uma entrada isolada, pela rua Smith Vasconcelos, e o prédio estaria isolado das demais dependências.
Os pacientes da neurologia e as mulheres ‘com gestação de risco’ também deverão ter espaços e leitos distantes da ala onde seriam atendidos os infectados com o COVID-19.
Como não tem ocorrido cirurgias eletivas nas últimas semanas, por conta da pandemia do coronavírus, há dezenas de leitos disponíveis no Hospital Regional.
A direção, por razões administrativas não confirma, mas o JSOL conseguiu uma informação de que somente cerca de 30 leitos de toda a estrutura estariam sendo ocupados atualmente.
Se isso corresponder à realidade, significa dizer que, além dos leitos disponíveis na UTI, o Hospital Regional de Assis poderia oferecer quase uma centena de acomodações para enfermaria aos pacientes considerados ‘menos graves’, mas que necessitariam estar isolados.
Outra inegável vantagem é o fato de o Hospital Regional já possuir médicos e profissionais de saúde contratados nas mais diferentes áreas clínicas.
O assunto ainda está sendo avaliado, mas um importante passo foi dado na manhã desta terça-feira, dia 7, quando uma reunião da Coordenadoria dos Serviços de Saúde aprovou a adequação.
Toda a região deve participar do debate, que começou a andar, a passos largos, nas últimas horas.
Os estudos continuam, mas a decisão deve ser rápida, uma vez que há consenso entre os cientistas que, nas próximas semanas, os casos positivos de coronavírus “devem explodir” no Estado de São Paulo e todas as regiões devem estar preparadas.
Pelos planos, a Oncologia passaria para o antigo Pronto-Socorro