O último dia do mês de agosto foi marcado por duas preocupantes notícias: a desativação de duas unidades hospitalares que prestavam atendimento aos pacientes infectados pelo novo coronavírus na região de Assis.
A Prefeitura Municipal, através da Secretaria da Saúde, anunciou a desativação do Hospital de Campanha, montado no ginásio de esportes da ADPM -Associação Desportiva da Polícia Militar- e a direção do Hospital Regional de Assis confirmou que o Núcleo de Atendimento Referenciado não atenderá mais aos pacientes com COVID-19.
No mesmo dia, 31 de agosto, o boletim oficial divulgado pela Vigilância Epidemiológica estampava que Assis contava com 1.030 casos confirmados da doença desde o início da pandemia e que outras 451 pessoas com suspeita de estarem infectadas com o vírus aguardavam resultado de testes, exames e amostras encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz.
CAMPANHA – Com 47 pacientes atendidos em quase 100 dias de funcionamento, o Hospital de Campanha de Assis foi desativado nesta segunda-feira, dia 31 de agosto.
Em entrevista concedida à TV Tem, o secretário municipal da Saúde, Adriano Romagnoli, justificou a medida pela “baixa ocupação” dos leitos.
O hospital improvisado na quadra de esportes tinha como objetivo “atender pacientes de baixa complexidade”, encaminhados pelas unidades de saúde dos municípios da região.
A Secretaria da Saúde afirma ter investido cerca de R$ 750 mil na construção da unidade e garante que “o dinheiro empenhado mensalmente na manutenção do espaço será destinado para outras ações de combate ao coronavírus”.
O secretário da Saúde afirma que a atual estrutura hospitalar do município “vai dar conta de atender a demanda de pacientes, por estar com uma taxa de ocupação tranquila”.
Não foi informado qual será o destino dos trabalhadores e empresas contratados para prestarem serviço no Hospital de Campanha.
À emissora regional de TV, Romagnoli disse: “O hospital foi criado justamente para ser um seguro para proteger nossos hospitais. Uma baixa ocupação nesse período mais crítico da pandemia prova que nossa estrutura dá conta de atendimento dos casos”, explicou.
A Secretaria da Saúde orienta as pessoas, ‘em caso de suspeita’, a procurarem uma das unidades de atenção básica na cidade.
NAR – O Núcleo de Atendimento Referenciado do Hospital Regional -NAR-, mantido até o dia 31 de agosto por um convênio firmado entre a Secretaria Estadual da Saúde e o CIVAP – Consórcio Intermunicipal do Vale Paranapanema, também sofreu mudanças.
No local, adequado no prédio do Hospital Regional, eram recebidos os casos mais graves de pacientes infectados com a COVID-19 dos 25 municípios da região.
A diretora do Hospital Regional, médica Lenilda Ramos, também à emissora TV Tem, explicou que, com o fim do convênio e as mudanças implementadas, “os casos de COVID serão encaminhados para a Santa Casa de Assis ou para a Santa Casa de Paraguaçu Pauliste e, eventualmente, para Marília”.
JUSTIÇA – Em entrevista ao portal de notícia ‘Abordagem’, o representante do Ministério Público, Sérgio Campanharo, declarou que ingressaria com ação na Justiça para impedir a paralisação dos serviços no Núcleo de Atendimento Referenciado do Hospital Regional de Assis.
Hospital de Campanha desativou os leitos na ADPM