A onda desenfreada de terceirização, que provoca a consequente precarização dos serviços, as demissões em plena pandemia, a não contração de novos funcionários e os casos de bancários contaminados pelo novo coronavírus, com a necessidade de afastamento dos trabalhadores para atendimento médico ou isolamento domiciliar, têm provocado o aumento de filas nas agências de todo o país.
Em Assis e região, a situação não é diferente.
Nesta quinta-feira, dia 8 de abril, usuários e clientes enfrentaram uma fila interminável na agência do Santander, na avenida Rui Barbosa, no centro de Assis.
Com um bancário infectado e afastado, a agência disponibilizou apenas um trabalhador no setor de auto-atendimento.
Sobraram reclamações, mas endereçadas ao destino errado.
Procurado por usuários e clientes, o presidente do Sindicato dos Bancários em Assis, Fábio Escobar, lamentou a situação. “O cenário é resultado das demissões, não contratação e inconsequentes terceirizações, que afetam a categoria bancária há anos, com consequente precarização dos serviços e, infelizmente, da pandemia que tem atingido, cada dia, mais bancários, expostos aos riscos pelo atendimento direto à população e o manuseio de cédulas, moedas e documentos da população.
“Somos solidários e compreendemos o sofrimento da população, mas queremos, mais uma vez, reafirmar: o bancário também é vítima desse sistema que, em nome do capital, não se preocupa com a saúde dos seus trabalhadores e a dor da população nas filas”, resume o dirigente sindical.