Atualmente, ser bancário no Brasil é colocar em risco a própria integridade física e moral. Na região de Assis, o cenário não é diferente.
Não bastasse ser uma das profissões consideradas ‘linha de frente’ na pandemia do coronavírus, com dezenas de casos confirmados na região, os bancários ainda estão sujeitos ao vírus do assédio moral.
Esse vírus ataca, sem distinção, funcionários de bancos públicos e privados, resultando em demissões e desemprego.
Os bancos públicos não abrem concurso para repor servidores aposentados, demitidos, alvos de demissão voluntária e falecidos. Entre as agências particulares, não há contratações.
O resultado é o mesmo nos dois casos: aumento de trabalho ao quadro resumido de bancários e o consequente aumento de filas e tempo de atendimento a clientes e usuários.
“Os bancos demitem sem fazer uma leitura das agências, instalando o caos na vida dos seus funcionários. Ocorrem desvios de funções, sobrecarga na execução dos trabalhos. Além disso, as direções aterrorizam os trabalhadores ao cobrarem metas. Essas ações precarizam o atendimento aos clientes e a rotina das agências”, aponta o dirigente sindical Fábio Escobar.
Para o representante dos bancários “essa situação tem induzido clientes e usuários das agências a atribuírem, equivocadamente, a culpa aos bancários pela má gestão”, exemplifica.
Com isso, segundo o sindicato, os bancos têm colocado em risco a integridade física e moral dos seus funcionários.
Escobar conta que alguns bancos criam grupos em redes sociais, como Whatsapp, com o falso pretexto de direcionamento, mas que, “na verdade, se tornam ferramentas de assédio e exposição dos bancários”.
O Sindicato está de prontidão para atender as demandas dos bancários da base de atuação e garante que continuará cobrando reposição imediata no quadro das agências de Assis e região.
Fábio Escobar, dirigente sindical
Informações e imagem: ASSEEBAR