Divulgado novo boletim oficial da Secretaria Municipal de Saúde sobre os casos do novo coronavírus em Assis.
Na manhã desta quarta-feira, dia 17 de junho, a Vigilância Epidemiológica confirmou um total de 96 casos positivos de COVID-19, dos quais seis resultaram em óbitos.
Dois pacientes, segundo o boletim, encontram-se hospitalizados.
No boletim não consta informações de pessoas curadas ou isoladas.
Uma nota tenta justificar a omissão desses dados: “Hoje não são informados quantos pacientes estão curados e quantos pacientes confirmados e suspeitos estão em isolamento porque a Vigilância Epidemiológica adotou como protocolo divulgar esses dados somente às sextas-feiras”, friza.
Outra informação omitida é sobre as idades dos pacientes e locais de internação. A omissão desses dados teve a seguinte explicação: “Também, por decisão da Vigilância Epidemiológica, não mais serão informadas as idades dos pacientes hospitalizados e nem se estão em hospital público ou particular”, diz a nota.
Na terça-feira, após mais de trinta dias sem registro de óbito no município de Assis causado pelo novo coronavírus, a Secretaria Municipal da Saúde, anunciou que o morador da cidade, de 46 anos de idade, que morreu no sábado, dia 13, num hospital em São Paulo, onde estava internado para ser submetido a um procedimento cirúrgico em decorrência de um problema cardíaco e teria testado ‘positivo’ para a COVID-19, passou a ser contabilizado nas estatísticas de Assis.
Ele tornou-se a sexta vítima fatal da COVID-19 na cidade.
O número de óbitos estava estagnado desde o dia 12 de maio, quando um outro assisense, de 88 anos, havia morrido no Hospital das Clínicas, em Marília.
O boletim divulgado pela Vigilância Epidemiológica nesta quarta-feira, dia 17, reafirma que uma morte continua sendo investigada, podendo ter sido causada pelo coronavírus.
Segundo a publicação, o óbito em investigação é do homem de 56 anos, que morreu na UTI do NAR -Núcleo de Atendimento Referenciado- do Hospital Regional de Assis, após ter passado pela Unidade de Pronto Atendimento e pelo Hospital de Campanha, improvisado no ginásio de esportes da ADPM.
Segundo a família, ele deu entrada na UPA por volta das 14 horas de domingo, dia 14, reclamando de “dores no peito”.
A assessoria da UPA, em manifestação publicada no portal Assiscity, alegou que o paciente “deu entrada com diagnóstico clínico de sintomas suspeitos de COVID-19, como tosse seca e febre”.
Na mesma informação prestada ao portal de notícias, uma surpreendente revelação: “a unidade (UPA) não tem mais testes rápidos e só tem realizado teste sorológico, seguindo os critérios da saúde”, explicou.
O quadro do paciente que deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento se agravou e, por volta da meia noite de domingo, ele foi removido para o Hospital de Campanha.
Na madrugada de segunda-feira, por volta das 3 horas, ele foi transferido, às pressas, para o Hospital Regional de Assis, onde acabou dando entrada no Núcleo de Atendimento Referenciado, mas não resistiu, tendo sua morte confirmada ao amanhecer.
DESPEDIDA – Na manhã de terça-feira, familiares e amigos se despediram numa cerimônia fúnebre, que teve duração de três horas, antes de a urna -que permaneceu lacrada- ser sepultada no Cemitério Municipal da Saudade, em Assis.
Paciente que esteve no Hospital de Campanha morreu no Hospital Regional