Foi disparado, o maior público presente a uma sessão da Câmara Municipal, na noite da última quarta-feira, dia 14 de fevereiro.
Milhares de pessoas se dividiram entre galeria, corredores, pátio e até o jardim do prédio do Poder Legislativo para acompanhar a votação do Projeto de Resolução que pretendia criar 15 cargos de assessores parlamentares.
Vários policiais militares, à distância, acompanharam a movimentação sem que fosse necessária uma intervenção.
Foi um movimento totalmente pacífico que conseguiu reunir, no mesmo espaço, militantes de partidos políticos diferentes da cidade com um único objetivo: evitar que o projeto fosse aprovado.
Após conseguirem o que pretendiam e comemorarem a rejeição do projeto de resolução por unanimidade, muitos, que pela primeira vez entraram no prédio da Câmara, saíram declarando estar de ‘alma lavada’, e dispostos a voltarem em outras votações.
É o que todos deveriam fazer.
Exercer plenamente a cidadania e que ela não fique limitada apenas a comparecer às urnas e votar e para escolher seus representantes.
É preciso mais. Acompanhar e cobrar dos eleitos a defesa intransigente de uma sociedade mais justa e igualitária, sem favorecimento a grupos.
Na próxima segunda-feira, dia 19 de fevereiro, será um teste para saber se a vitória popular da quarta-feira passada estimulou as pessoas a voltarem à “Casa do Povo”. Na ocasião, os vereadores voltam a se reunir para discutir uma pauta com seis projetos de lei.
Dois deles devem atrair a atenção especial dos servidores municipais, pois tratam da revisão anual dos salários dos funcionários da Prefeitura e Câmara Municipal.
Pela proposta do prefeito José Fernandes, do PDT, a revisão será de 2,94% o que, segundo a justificativa, representa a reposição do índice inflacionário do período.
O Sindicato dos Servidores Municipais, através do seu presidente Paulo Tito, já adiantou que não gostou da proposta.
Além disso, o dirigente sindical reclama do prefeito por ter encaminhado o projeto para votação sem que fossem concluídas as negociações. “Estamos decepcionados!”, não esconde Tito.
O corte do abono pago aos aposentados em substituição ao Vale Alimentação – extinto por apontamento do Tribunal de Contas – também é motivo de crítica do Sindicato dos Servidores Municipais. “Outras cidades encontraram mecanismos para resolver esse impasse. Só o aposentado da Prefeitura de Assis ficará sem esse benefício? Isso é injusto!”, reclama.
MOBILIZAÇÃO – Animados e empolgados com o público que compareceu na histórica sessão de quarta-feira, dia 14, os servidores municipais planejam se organizar e também comparecer para pressionar os vereadores a conseguirem um aumento no índice proposto.
PAUTA – Além dos projetos de revisão anual dos servidores municipais, os vereadores terão outros quatro projetos para discutirem. São eles:
Projeto de lei do Poder Executivo que dispõe sobre a abertura de Crédito Adicional Especial para a Secretaria Municipal de Cultura.
Projeto de Lei do Poder Executivo solicitando autorização para contratar operação de crédito junto à Caixa Econômica Federal, no âmbito do Programa FINISA – Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento na modalidade Apoio Financeiro destinado a aplicação em despesas de capital e a oferecer garantias.
Projeto de lei do Poder Executivo que autoriza a Prefeitura Municipal de Assis contratar operação de crédito com o Banco do Brasil S/A.
Projeto de lei da vereadora Professora Dedé instituindo e incluindo no calendário oficial do município de Assis a Semana Municipal do Meio Ambiente.
A sessão da Câmara começa às 18 horas.
Antes da Pauta da Ordem do Dia, quando serão discutidos e votados os projetos, os vereadores apresentarão suas indicações, requerimentos e moções e usarão a tribuna para assuntos diversos.