Com o surgimento da pandemia emergiu no imaginário uma metáfora para expressar o tamanho do novo desafio, qual seja, a guerra.
E, como em toda guerra, existem aqueles combatentes que são enviados para o “front”, ou seja, para a linha de frente.
Sem vãs filosofias ou questionamentos, nem estéreis embates ideológicos simplesmente vão, expondo suas vidas em fidelidade à missão recebida.
Diferentemente dessa guerra, fruto da estupidez humana, travada para eliminar vidas, existe uma outra nobre e sublime, travada para salvar vidas com a qual podemos comparar a atual pandemia.
E nesta, cujo inimigo é invisível, tantos se apresentam para engrossar as fileiras dos bons combatentes que, em estreita sintonia com sua opção, se colocam decisivamente no campo de batalha.
Assim, até então anônimos e desvalorizados, despontaram tantos bons profissionais tais como os da limpeza pública, da segurança e da educação.
Na esteira desses, porém indo um pouco além devido à índole específica à de um sacerdócio com que foram revestidos, são os profissionais da saúde os quais, à semelhança do Dr. Edson Tanno, médico intensivista, oferecem diariamente no anonimato dos corredores dos hospitais e na solidão das UTIs suas vidas em favor dos outros.
Tristes, mas cheios de esperança, tendo no horizonte o testemunho de pessoas como o Dr. Edson Tanno, todos os dias façamos nossas as palavras do apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé”.
Pe. Orlando de Almeida Alves
Capelão do Hospital Regional
Dr. Edson Tanno