Está preso na Cadeia Pública de Lutécia desde a segunda-feira, dia 11 de março, o chefe da equipe de segurança que prestava serviço no Clube da Terceira Idade de Assis na ‘Noite do Flash Back’, em 9 de fevereiro, quando o contador Roberto Donizete da Cruz, o Robertinho, de 53 anos, foi agredido e, dias depois, morreu na cidade de Marília, vítima de traumatismo craniano causado pelas agressões.
A notícia da prisão foi dada, com exclusividade, pelo repórter Mário Nunes, do Jornal de Assis, na edição desta quarta-feira, dia 13 de março.
O delegado José Roberto de Oliveira confirmou ao Jornal da Segunda que a Justiça autorizou o pedido de prisão temporária pelo prazo de 30 dias e o local da prisão. O advogado do acusado pela agressão e morte do contador Robertinho é Mário Sérgio Gonçalves Bicaclho.
O delegado José Roberto de Oliveira preside o inquérito policial do homicídio doloso e explicou ao Jornal de Assis que o acusado “trata-se de um morador da cidade de Marília, chefe de segurança da empresa que prestava serviços no clube na noite de nove de fevereiro, quando houve a confusão e, segundo relatos de testemunhas, Robertinho teria tentado apaziguar os ânimos, mas acabou sofrendo um soco no rosto e caindo com a cabeça no chão, resultando em grave lesão cerebral, vindo a falecer três dias depois”, disse.
Segundo o Jornal de Assis, “após a equipe de investigação da Polícia Civil ouvir testemunhas e convocar o acusado para dar seu depoimento, a Justiça expediu mandado de prisão, que foi cumprido somente na segunda-feira, quando o indiciado se apresentou na delegacia sob a orientação de seu advogado, Mário Sérgio Gonçalves Bicalho”, noticiou.
Informou ainda o J.A. que “o mandado é de prisão temporária, válido por até 30 dias e que, segundo o delegado, as alegações do chefe da segurança são de que ele teria sido ameaçado de morte pelo contabilista Robertinho e que este teria escorregado após ser contido pelos seguranças, vindo a cair no chão.
Ainda segundo o delegado, “há testemunhas afirmando que a vítima caiu na grama”.
No entanto, a defesa diverge de relatos de outras testemunhas, as quais informaram que o contabilista recebeu um soco e que, ser agredido novamente, caiu e bateu a nuca no chão de concreto.
Ainda, segundo o delegado, mais uma testemunha intimada para depor já teria antecipado uma versão incriminando o segurança.
No local da confusão não havia câmeras de segurança para captar imagens, mas o convencimento do delegado até o momento, segundo o Jornal de Assis apurou, “de acordo com os relatos testemunhais e provas colhidas, como um laudo do IML apontando lesão em um olho da vítima, são em desfavor do acusado”, lembra.
Disse o delegado: “o advogado de defesa, naturalmente, vai trabalhar para que o cliente responda pelo crime em liberdade até o julgamento e tente desqualificar o crime perante a Justiça, para passar de homicídio para lesão corporal seguida de morte. Mas para nós, para a Polícia, o inquérito e a investigação continuam no sentido de que foi Homicídio Doloso e qualificado por motivo fútil”, finalizou o delegado, em entrevistado Jornal de Assis.
O segurança está preso na Cadeia de Lutécia, explicou o delegado José Roberto de Oliveira (detalhe)