De acordo com o calendário eleitoral divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral, a janela partidária aos interessados em disputar as eleições de 2024 ocorrerá entre 7 de março e 5 de abril. Nesse período, os atuais vereadores poderão trocar de partido para concorrer à reeleição sem perder o mandato.
A janela partidária, pelo que foi apurado pelo JS, deverá provocar um grande troca-troca de legendas na atual composição da Câmara Municipal de Assis.
O Partido Democrático Trabalhista -PDT- que possui a maior bancada da Câmara, com quatro vereadores (Alexandre Cachorrão, Pastor Edinho, Fernando Sirchia e Vinícius Símili) deve ser a legenda mais prejudicada, com uma sensível redução no número de cadeiras.
Do quarteto eleito, apenas o vereador e presidente do partido Fernando Sirchia, que não disputará a reeleição para ser candidato a prefeito, deverá continuar na legenda.
Alexandre Cachorrão, pré-candidato declarado a prefeito, tentou se abrigar no MDB, mas sofreu um novo revés do grupo liderado pelo prefeito José Fernandes, e sonda outras legendas. Como Sirchia anunciou sua pré-candidatura, Cachorrão ficou sem espaço para continuar no PDT. “Temos alguns convites, mas decidiremos nas próximas semanas”, contou Cachorrão.
Vinícius Símili, que também postulava ser candidato a prefeito ou vice, mas que, segundo algumas pessoas próximas a ele, teria ficado insatisfeito com o processo de lançamento da pré-candidatura de Sirchia, pode acelerar as discussões de migração para o PSB, onde poderia discutir uma dobradinha com Cachorrão ou mesmo tentar conquistar um terceiro mandato no Legislativo.
Pastor Edinho, único parlamentar do PDT a permanecer na base aliada do prefeito José Fernandes, tem assediado por outras legendas.
Em contra-partida, quem deve desembarcar no PDT, em busca da reeleição, é o vereador Jonas Campos, eleito pelo Republicanos.
O Republicanos, do governador Tarcísio de Freitas, dependendo das articulações, pode ser o destino do prefeito José Fernandes e de sua pré-candidata a prefeita, Cristiani Bussinati. Se isso ocorrer, a debandada também será grande na Câmara de Assis.
Somente o Pastor Nivaldo, eleito pelo Republicanos, pode permanecer filiado, dependendo de quem assumirá a legenda.
Vanessa Eugênio, vereadora eleita pelo Republicanos, que se licenciou para assumir a Secretaria Municipal de Assistência Social, não desistiu de ser candidata a prefeita, apesar de ter sido preterida pelo prefeito José Fernandes.
Com a possibilidade de o Republicanos ir para as mãos do grupo de Fernandes, Vanessa caminhava em direção ao PL, arrastando o seu suplente Carlinhos ‘Zé Gotinha’ e o vereador Douglas Azevedo, eleito pelo Solidariedade.
Eles se juntariam ao vereador Rogério Nascimento, que decidiu permanecer na legenda em busca da reeleição.
No entanto, a filiação da professora Telma Andrade Spera, com aval da cúpula nacional e estadual da legenda, pode ter dado uma esfriada nos planos de Vanessa.
Isso, porque, apesar de ter descartado, ‘por enquanto’, uma candidatura a prefeita, Telma Spera, segundo amigos próximos, é candidatíssima ao Executivo, com o apoio fortíssimo do primo e ex-prefeito Ézio Spera.
O suspense da candidatura de Telma só deve acabar em abril, com o prazo de desincompatibilização dos servidores públicos interessados em disputar a eleição. Caso decida ser candidata a prefeita, como querem o deputado federal Capitão Augusto, e sua esposa, a deputada estadual, Dani Alonso, Telma precisará deixar a direção do Hospital Regional, cargo que assumiu em 28 de agosto de 2023, mas não teria impedimento em voltar à Santa Casa.
PSDB (com Fernando Vieira), PSD (com Ramão e Fabinho Alerta Verbal) e PP (com Viviane Del Massa) devem manter os mesmos vereadores, mesmo com a janela partidária.
O União Brasil pode perder a cadeira ocupada pelo vereador Gênova, eleito pelo DEM, que poderá estar se transferindo para o PODEMOS.
O presidente da Câmara, Gerson Alves, com a fusão do PTB e Patriota, deverá ser o único vereador do recém criado PRD.