360 – Pressionado pela Justiça, Governo promete solução definitiva no Hospital Regional até 29 de agosto

Sem força política local e regional, a população de Assis e do Vale do Paranapanema só tem contado com o Ministério Público e a Justiça para reverter perdas na saúde pública.

Já foi assim para a retomada da Unidade de Oncologia e a história se repete com o risco de fechamento de serviços no Hospital Regional de Assis.

Pressionado por uma ação do Ministério Público, protocolada em abril (ler abaixo), o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, em visita à região no dia 30 de maio, prometeu solucionar os problemas no Hospital Regional de Assis ‘em 90 dias’. O prazo vence no dia 29 de agosto.

Recentemente, o Ministério Público do Estado de São Paulo ingressou com uma ação civil pública visando restabelecer os atendimentos (gravidez de alto risco e hemonúcleo), além da reposição do quadro de médicos e demais profissionais da unidade de saúde.

Durante encontro em Marília, Paiva não deu detalhes das medidas que serão tomadas, mas prometeu que o problema de Assis será resolvido em 90 dias: “É um problema crônico na Secretaria de Saúde. As informações que temos é sobre a falta de recursos humanos e também estrutura física. Estamos indo para Assis tomar as medidas, para que, nos próximos 90 dias, a gente tenha esse hospital funcionando e atendendo, fazendo o seu papel na região”, afirmou à imprensa regional.

As primeiras medidas, segundo Paiva, serão relacionadas nos recursos humanos. “Temos falta de profissionais na área de saúde, tanto médicos como o restante dos profissionais, além dos problemas de estrutura. Já existe um projeto de poder melhorar toda a infraestrutura do hospital”, garantiu.

AÇÃO – A ação do Ministério Público foi ajuizada pelo promotor Sérgio Campanharo no dia 22 de abril, contra a Fazenda Estadual.

Segundo a petição inicial, nos últimos anos, houve redução de 33% no quadro geral de pessoal e de 59% na equipe de enfermagem do hospital, com consequente fechamento de serviços prestados.

Para o Ministério Público, a situação é grave, pois “evidencia risco concreto à continuidade dos atendimentos prestados aos moradores do município e da região”.

O processo aguarda manifestação do Poder Judiciário.

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Secretário Eleuses Paiva prometeu solução em 90 dias

Imagem: Samantha Ciuffa/Marília Notícia

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