Está marcada para ter início às 19h30 desta quarta-feira, dia 7 de junho, uma nova reunião extraordinária do Conselho Curador da Fundação Educacional do Município de Assis -FEMA- para discutir e votar o pedido de ‘afastamento cautelar’ do professor Eduardo Vella Gonçalves, ex-diretor executivo da instituição de ensino.
A reunião foi convocada pelo presidente interino do Conselho, Marcelo Melo, atendendo solicitação assinada por um grupo de conselheiros.
Se for aprovado o pedido, o período do afastamento cautelar só terminará após a decisão final do processo disciplinar a ser instaurado visando apurar as denúncias de atos praticados por Eduardo Vela quando ele ainda ocupava o cargo de diretor executivo da FEMA, “sendo assegurado o respeito à ampla defesa, ao contraditório e ao devido processo legal”, observa o pedido.
Um documento anexado á convocação repete as mesmas diversas denúncias que estão sendo apuradas na Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal e no inquérito da Polícia Civil instaurado por determinação do Ministério Pública.
O outro alvo das denúncias, Arildo José de Almeida renunciou ao cargo de presidente do Conselho Curador, momentos antes de o órgão colegiado votar um pedido de afastamento contra ele, na semana passada.
Diferente de Arildo, Vella, pelo que apurou o Jornal da Segunda, não deverá renunciar e estaria estudando recorrer à Justiça para tentar garantir sua permanência no cargo de presidente do Instituto Municipal do Ensino Superior de Assis -IMESA-, alegando ter sido eleito com os votos dos professores, funcionários e alunos da instituição.
No entanto, os critérios da eleição de Vella estão sendo questionados numa Ação Popular movida pelo advogado Karol Tedesque da Cunha, que também está sendo apreciada pela Justiça: “O resultado das eleições para Diretor Acadêmico reflete indiscutível abuso de poder econômico por parte dos réus (Eduardo Vella e Arildo Almeida), abuso esse materializado pela utilização excessiva, antes ou durante a campanha eleitoral, de recursos financeiros ou patrimoniais buscando beneficiar o réu Eduardo Augusto Vella Gonçalves, afetando, assim, a normalidade e legitimidade das eleições“, aponta trecho da Ação Popular.
“Com o emprego do dinheiro público para pagamentos irregulares aos Professores do curso de Medicina, através de diversas técnicas que ainda precisam ser melhore esclarecidas, os réus manipularam a vontade desses Professores, utilizando o emprego do sistema legal para obter vantagens eleitorais imediatas para, intervindo no processo eleitoral, definir os resultados de acordo os seus interesses“, denuncia Tedesque, autor da Ação Popular protocolada na Justiça.
Eduardo Vella e Arildo (que renunciou) são denunciados por eventuais irregularidades na FEMA
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