Uma notificação extra-judicial de uma representante da APRUMAR pede a desocupação da área do Residencial APRUMAR, sob pena de ajuizamento de “ação própria visando a retomada coercitiva (com força policial) do imóvel e reintegração de posse”.
O documento é assinado por Luiza Pereira Nunes, que se apresenta como presidente da APRUMAR. Ela exige que as famílias acampadas na área financiada pela Caixa Econômica Federal, à margem da via de acesso à rodovia Miguel Jubran, onde foram prometidas 239 residências, deixem o terreno.
A notificação foi entregue a Flávia Aparecida Batista, que é uma das pessoas sorteadas, em 2017, para ter direito a uma das residências prometidas pela própria APRUMAR, à época presidida pelo prefeito José Fernandes.
Até a manhã desta sexta-feira, dia 28 de abril, segundo o advogado que acompanha as famílias, Antônio Tavares, não havia sido protocolado judicialmente nenhum pedido de reintegração de posse da área.
Ele se mostrou tranquilo com relação ao movimento que ocupa o terreno há mais de dois meses. “Já informamos o Ministério da Justiça sobre os motivos da presença das famílias na área financiada pelo Governo Federal e, com a eleição e posse da diretoria da Associação do Movimento Habitacional de Assis e Região (foto acima), acreditamos que as negociações serão rápidas”, explicou.
Tavares estranhou o documento entregue à moradora. “Tínhamos a informação de que o presidente da APRUMAR era um outro produtor rural, mas já protocolamos um pedido no Cartório de Registros para saber quem, de fato, representa a entidade que prometeu as casas para podermos cobrar o início da construção”, explicou o advogado.
AMHAR – Na terça-feira, dia 25 de abril, foi eleita e empossada a diretoria da Associação do Movimento Habitacional de Assis e Região -AMHAR-, que tem como objetivo representar as famílias sorteadas pela APRUMAR em maio de 2017 para ter direito a uma residência no terreno financiado pela Caixa Econômica Federal.
Flávia Aparecia Batista foi eleita presidente da associação. Foi iniciada uma promoção para arrecadar recursos para ajudar as famílias que continuam acampadas no terreno desde o dia 25 de fevereiro. “Resistiremos até termos nosso direito à casa própria garantido”, disse a presidente da AMHAR.
Diretoria eleita da AMHAR