O Sindicato dos Bancários de Assis e Região aprovou o documento assinado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro que repudia a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros brasileira, a Selic, em 13,75% ao ano.
O representante dos bancários de Assis, Fábio Escobar, protesta contra a ação do Banco Central que,segundo eles. “está impedindo a retomada do crescimento econômico, a redução do endividamento das famílias e a geração de emprego e renda”.
Na terça, dia 21 de março, quando o BC começou a reunião para decidir a Selic, a Central Única dos Trabalhadores e outras centrais promoveram atos em todo o país para exigir juros baixos. A categoria bancária também teve participação destacada nas manifestações.
Escobar lembrou que “a luta contra a alta do juro vai definir se a gente vai ter emprego amanhã ou não, se vamos ter renda ou se a gente vai estar na rua sem lugar para morar. Para ter um país melhor é preciso que o presidente do Banco Central reduza a taxa de juros”.
O dirigente ressaltou que os juros altos “encarecem toda a economia, o governo tem menos dinheiro para escolas, creches, hospitais e outros investimentos públicos.”
Escobar acrescentou que “além disso, o povo gasta mais para comprar geladeira e televisão; o empréstimo fica mais caro e isso é culpa do Banco Central”.
NOTA DE REPÚDIO – “Em um momento em que o Brasil se encontra com a economia desacelerada por herança de decisões do governo anterior, que resultaram no aumento do desemprego e na volta do país ao Mapa da Fome, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 13,75% – a mais alta do mundo.
A decisão, que impede que o Brasil aumente investimentos no setor produtivo para a economia voltar crescer e gerar emprego e renda, comprova mais uma vez que o BC não está a serviço dos interesses do povo, mas sim dos banqueiros e dos super-ricos, os únicos beneficiados com a prática de juros elevadíssimos, porque aumentam seus ganhos com a especulação em títulos públicos, a despeito do aumento da miséria e do endividamento das famílias.
A política de boicote à economia do país, exercida pelo BC, segue a linha da política desempenhada por Paulo Guedes, ex-ministro da Economia no governo Bolsonaro, que se valeu da alta do dólar frente ao real para valorizar seus milhões guardados em paraísos fiscais.
Repudiamos veementemente a política monetária praticada hoje pelo BC, que penaliza os mais pobres e o desenvolvimento industrial e não foi capaz de conter os níveis de inflação dentro das metas estipuladas nos últimos dois anos, isso porque a inflação registrada no período não tem relação com o consumo, mas sim com questões externas ao país, como conflito bélico entre Rússia e Ucrânia e as mudanças climáticas globais.”