‘Campeões’ brasileiros da São Silvestre são atletas da região

Os dois brasileiros melhores classificados nas categorias masculino e feminino da 95ª edição da prova pedestre ‘São Silvestre’, disputada na capital paulista no último dia de 2019, são atletas com origem em cidades da região de Assis.

Daniel Ferreira do Nascimento, o ‘Daniel Armero’ como é conhecido, tem origem em Paraguaçu Paulista. Ele é fruto do projeto ‘Alunos hoje, Atletas amanhã’, e foi revelado pelos professores Evandro e Regiane. Ele foi o campeão entre os brasileiros ao concluir a prova na 11ª posição representando Bauru.

A ‘campeã’ brasileira foi Graziele Zarri, que iniciou sua carreira em Cândido Mota quanto tinha cinco anos de idade num projeto desenvolvido pelo professor Nicolau ‘Pinguinha’. Competindo pelo Clube Pinheiros, ela chegou na 11ª posição.

FEMININO – Graziele Zarri, de 21 anos, iniciou sua carreira em Cândido Mota e hoje compete pelo Esporte Clube Pinheiros de São Paulo, além de integrar a Seleção Brasileira de Atletismo.

A atleta começou a correr aos cinco anos. Quase desistiu da carreira profissional. Passou por karatê, dança, até tentar a sorte na capital paulista, aos 18 anos. A jovem chegou por tempo indeterminado, acabou cortando e cuidando do cabelo de vizinhas para se manter na cidade, até entrar na equipe do Pinheiros.

“É muita superação, porque no interior não tem muito recurso, não tem tanta estrutura, e tive que vim com 18 anos para São Paulo. Aqui, a gente encontra um suporte melhor, tem mais condição de competir”, complementou a jovem.

Graziele terminou a prova na 11ª colocação, com tempo de 54 minutos e 56 segundos.

Em entrevista à Gazeta Esportiva, a atleta teve dificuldade até para encontrar as palavras, tamanha era a emoção.

“Significou muito para mim, não só para mim como para todo o Brasil, só tenho a agradecer a todos, foi mais uma superação o ano de 2019, boas conquistas, bons resultados, vou entrar em 2020 com o pé direito, ano olímpico”, disse, antes de falar sobre o resultado.

“Tudo é possível, é algo sobrenatural, estou em choque agora, porque uma menina que tanto sonhou… Aprendi muito comigo, nos treinos, e nessa semana estava na minha mente, você vai vencer, vai conseguir, e deu certo hoje”, completou a brasileira.

Foi a segunda participação de Graziele Zarri na prova. Em 2018, ele concluiu na 26ª colocação, com tempo de 1h10s. Agora, a paulista diz focar em sua evolução e no projeto de médio-longo prazo para as Olimpíadas de Paris, em 2024.

Ainda sem conseguir vencer as atletas africanas, a brasileira disse que as adversárias são grandes referências e que se superou ao tentar acompanhá-las.

MASCULINO – Daniel Ferreira Nascimento, o ‘Daniel Armero’ é de Paraguaçu Paulista, mas competiu representando Bauru. Ele terminou a 95ª Corrida Internacional de São Silvestre na 11ª colocação, com o tempo de 46 minutos e 32 segundos.

Daniel tentou primeiro a sorte em outro esporte, o futebol. O corredor era lateral e, em 2012, recebeu uma recomendação de seu treinador para seguir no atletismo.

O conselho deu certo e o paulista passou a treinar em Bauru, participou da São Silvestre pela primeira vez em 2018 e conseguiu a melhor colocação entre os brasileiros em 2019.

“Larguei muito forte, junto com os quenianos até o sétimo quilômetro, e depois eu vim segurando um pouco, para que eu tivesse um gás para a chegada. Eu vim da pista, sou bastante veloz, e eu vim acompanhando o grupo e sem deixar de acreditar. A parte do percurso que pesou um pouco foi mais a Brigadeiro”, justificou o corredor por não conseguir alcançar o pódio, onde estão os dez primeiros colocados.

“Acho que ano que vem já vai dar para saber onde eu tenho que melhorar. Esse ano foi difícil, acabou até caindo o recorde, e vamos juntos, acreditando que o Brasil pode quebrar essa hegemonia”, disse Daniel.

“Ano passado foi minha primeira São Silvestre, eu acabei sentindo o tendão e não consegui completar a prova. Mas, esse ano, graças a Deus, eu consegui completar a prova, até me senti assustado com o percurso, que é com muita descida, se não tomar cuidado no começo você acaba sofrendo muito nessa Brigadeiro, e eu espero fazer uma boa preparação para o ano que vem, porque sou um jovem de 21 anos e acredito que no futuro eu posso quebrar a hegemonia dos quenianos”, avisou.

 

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Daniel ‘Armero’ começou em Paraguaçu Paulista e competiu por Bauru

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Graziele Zarri iniciou sua carreira em C. Mota e está no Pinheiros

Informações e foto: Gabriel Ambrós/Gazeta Esportiva

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